sábado, 4 de janeiro de 2014

DIVERSÃO E LAZER

É possível ter diversão e lazer com pouco dinheiro?


Existem políticas públicas que buscam tornar o lazer acessível a todos e oferecer diversão de boa qualidade às pessoas com menor renda. No município de São Paulo, por exemplo, de acordo com o Secretário de Esportes e Lazer Municipal, Heraldo Corrêa, cerca de 400 mil pessoas são atendidas todos os meses pelos programas de esporte e lazer da Prefeitura. “A prática de esportes é essencial para a inclusão social. Investir em esportes é sem dúvida nenhuma a melhor forma de inserir os cidadãos na sociedade. É uma forma de levar dignidade à população”, declarou o secretário. Além disso, em São Paulo existem sessões de cinema, teatros, shows musicais a preços populares ou com entrada franca.
Na cidade de São Bernardo do Campo (SP) há a promoção de shows, apresentações das bandas e orquestras filarmônicas municipais, além de uma programação gratuita de teatro para adultos e crianças. Segundo o Departamento de Comunicação da Prefeitura da cidade, além desses eventos também são realizadas oficinas sócio-culturais para várias faixas etárias, como: teatro, artes plásticas, pintura, violão e história em quadrinhos.

Segundo a professora Suze, embora existam opções para entretenimento a baixo custo ou gratuitas, elas não suprem as necessidades das pessoas carentes. “Há uma visão equivocada de que promover eventos gratuitos é a solução. Tais atividades geralmente não valorizam, por exemplo, o próprio espaço da periferia. Elas atendem a públicos específicos e quando muito resolvem parte do problema da falta de lazer por um curto período de tempo”, disse.

Muitas vezes a gente não tem idéia da dificuldade que algumas pessoas têm para simplesmente pegar um ônibus e ir a eventos gratuitos. Não acredito em acomodação das pessoas de baixa renda, mas sim em uma acomodação da classe média ou alta em tomar atitudes para tentar mudar o quadro social brasileiro”, acrescentou a professora

Lazer por definição é o tempo de descanso ou folga do trabalho ou qualquer outra atividade ordinária. Muito se questiona se o entretenimento está relacionado à quantia de dinheiro que uma pessoa possui. Quem tem recursos financeiros pode escolher entre diversas opções de shows, teatros entre outros eventos, e quem não dispõe de tais recursos pode ficar com a sensação de não usufruir desse tempo livre da melhor forma.
 Locais públicos são boas opções para relaxar de graçaPara Suze de Oliveira Piza, professora de Filosofia e de disciplinas eletivas do Núcleo de Formação Cidadã da Universidade Metodista de São Paulo, o maior problema é que no Brasil boa parte da população não tem tempo de se preocupar com entretenimento. “As pessoas têm o lazer como algo secundário. As questões primárias ficam voltadas para assuntos financeiros, políticos e depois vem o social”, declarou.

O professor Mike Featherstone, da Teeside University (Inglaterra) e editor fundador da revista inglesa “Theory, Culture & Society” (Teoria, Cultura e Sociedade), declarou durante o 5º Congresso Mundial de Lazer realizado no ano passado no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, que o tempo livre das pessoas parece cada vez mais colocado em “xeque”. Segundo os registros do evento, para Featherstone, o lazer tornou-se um tempo de consumo. Em busca de mais dinheiro as pessoas deixam de usufruir do tempo livre que dispõem.

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